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"Poema Gay" por Glória Horta


"O falo é um fardo o corpo, a farda da farsa, e eu sou o grito, o berro, o urro, o erro minhalma é uma menina e meu corpo uma mentira não sou homem nem mulher um ser que sobra e falta e desencontra num mundo diferente de todos os mundos, o que me conduz é a impossibilidade o que me reduz é a incompreensão olham-me como se eu fosse um bicho de outra espécie e riem e criticam e excluem e odeiam como se eu fosse um pecado, um errado, doente ou sacana. Pobre de nós, mulheres encarceradas em corpo que não é o nosso como uma alma penada sapato apertado que não nos pertence assim eu me sinto cheio de calos, sufocado, asfixiado, apaixonado e o espelho me nega e eu me acho um bicho de outra espécie, pecado, errado doente ou sacana. Ah, mas às vezes eu penso que sou uma mulher enfeitiãda que teve alterada sua forma mas que um dia vai se quebrar o encanto e todo esse engano vai acabar como se eu tivesse sido sempre uma menina encantada.
Que troca de embalagens foi esta aí dos deuses que já me mandaram nascer nesse mundo enjoado com desvantagem encarnando minhalma em corpo errado como se houvesse um corpo de homem sobrando e uma alma feminina condenada? "

By Glória Horta

 

 

Pois... Isto de voltar a escrever tem destas coisas: Faltam palavras!! Depois de meses de ausência, heis que o meu espaço está decentemente apresentado.

Muita coisa tem acontecido nestes meses. Coisas boas e más. No entanto, o cansaço está patente no meu espírito. O trabalho está por demais! Até dói saber que vou voltar lá amanhã. Estou naquela fase no emprego em que tudo me aborrece, tudo me irrita, todos me metem nojo. Adoro aqueles jantares de Natal, onde de repente todos se esquecem os sacanas que são durante o resto do ano. Aqueles sorrisos hipócritas, cinicos. Eu, graças a Deus, sou uma pessoa tolerante e paciente. No entanto só me sento à mesa com quem realmente me diz alguma coisa. E, até agora, tenho o poder de decidir com quem partilho as minhas refeições!

Isto para dizer que esta época é hipocritamente ridicula.
Não que não goste do Natal. Até gosto da noite da consoada, em que vou à varanda fumar um cigarro, tapada até aos olhos, e sinto no ar aquela magia misturada com o cheirinho a lareira. Gosto de ficar por momentos longe da confusão familiar e retirar-me para um momento comigo própria. Sim, peço desejos. Peço força para concretizar planos, peço força para aguentar a luta contra o preconceito em que poderei ser vitima. Não sei a quem peço, mas naquele momento, sinto que tenho que "falar" com alguém. E dou comigo a ter uma conversa com as estrelas.
Gosto do dia em que eu e as minhas melhores amigas combinamos o cafe de Natal. Cada qual com a sua vida, com as suas profissões, é quase raro vermo-nos durante o ano. Mas aquele dia é especial e dedicado a nós.

Mas ainda do que eu gosto e tive o prazer de sentir hoje, foi o meu anjinho ter adormecido no meu colo. Meu sobrinho com 1 aninho. Senti-lo a descansar em meus braços fez-me renascer... Fez-me ficar um pouco mais vulnerável, mais carinhosa. Mas também sei que amanhã terei que ficar à solta na selva que é a vida. E nesta Selva terei que ter força, determinação e garra para sobreviver.

Mas, a minha vida não seria tão intensa se eu não tivesse o meu Amor a meu lado. A minha companheira, a minha melhor amiga, o meu desejo, a minha namorada, a minha fofinha... E que por acaso hoje fazemos 2 anos e 8 meses de Amor!!! Amo-a cada vez mais. Amo-a com uma intensidade abundante. Amo-a com garra, com ferocidade... (não sei se é possivel amar alguém ferozmente... mas é esta a palavra que me surge) Talvez devido à intensidade, não sei... Não sei explicar... Somente Sentir.

Parabéns a nós, meu anjo!

A M O - T E

AMOR VERDADEIRO


Há coisas que me magoam muito falar. Magoam como facas afiadas.
Talvez se te escrever uma carta eu consiga contar-te os meus tormentos. Não é a questão de te desabafar. É sim a questão de falar. Se me pedires para escrever, saí tudo.
Há já algum tempo que me sinto estranha, diferente, sombria. Sinto-me a envelhecer. É uma sensação tão estranha que só a escrevo. Mesmo assim é complicado descrever.
Estou a sentir-me vazia, sem emoção. Sinto-me a perder a alegria de viver. Sinto-me a sobreviver apenas. Sinto-me incompetente no trabalho, ridícula no espelho e ovelha negra no seio familiar.
Tenho tudo para ser feliz. O que me falta? Ou o que está a mais? Algo a transbordar, concerteza. Não sei...! Não te sei ser certa naquilo que sinto. Não sei ser certa no que sinto comigo mesma! Ao tentar decifrar tudo, deparo-me com um panorama completamente complexo. E diante isto decido desistir. Desisto porque tenho medo de aprofundar e descobrir algo que não esteja preparada.
Isto são apenas suposições e teorias e até opiniões de mim própria. Não te sei ser mais clara, meu amor. Não mo peças para ser mais clara porque mesmo na complexidade desta explicação, tentei ser clara.
Não sei se vais entender alguma coisa do que escrevo. Talvez tenhas que ler mais que uma vez. Eu tive que repensar várias vezes até escrever este texto.
Eu sei que estás a pensar que não estou bem. Sei também que me vais ligar para perguntar o que se passa comigo.
Sei também que te vou dizer que está tudo bem e que com o trabalho fico mais distraída. É verdade. Durante o dia estou bem. À noite chegam as minhas dúvidas existenciais ou inexistenciais.
No meio disto tudo só quero que saibas que te amo mais do que possas imaginar.
És o amor da minha vida e quero ficar contigo para sempre.
És o meu mundo! AMO-TE!
Amo-te mesmo muito... E é isto que quero que tenhas a certeza!




Quero pedir imensa desculpas a todos aqueles que me enviaram comentários e não respondi. Andei afastada do blog, mas li sempre os comentários. Tenho alturas em que fico assim... meio perguiçosa, meio aborrecida. E acabo por me afastar um pouco. No entanto, venho aqui ler blogs. Adoro ler o que escrevem, principalmente quando me transmitem emoções, dúvidas, ideologias, etc. Fico interiormente mais enriquecida!
Pois... todos poderão reparar na hora tardia em que estou a escrever. Cheguei há pouco. Estive com o meu amor. Por mim tinha chegado a casa mais tarde, mas sou muito medrosa no que diz respeito chegar a casa muito tarde sozinha de carro. Tenho um pavor enorme que esteja alguém na rua que me possa fazer mal. Por isso adoptei um sistema: sempre que estaciono, ainda dentro do carro, ligo à minha namorada. E vou a falar com ela até abrir a porta de casa. Assim, caso alguém me queira fazer mal, o meu amor sabe e poderá ajudar-me. Sim, sou muito medrosa neste aspecto. Só de pensar em dôr e que me possam fazer mal, entro em pânico. E, à parte disto, também tenho um pavor enorme de bicharada... Bichos rastejantes, assim como lagartos, osgas, cobras, etc. E, infelizmente, na minha zona existem imensos bichos desses. Até me passo. Principalmente no Verão! São osgas por toda a parte! Sim, sei que as osgas não fazem mal nenhum e tal... Mas, tenho pavor!!
Hoje, dei por mim a desabafar com a minha namorada (sim, porque hoje o benfica jogou em casa ;-D ), que estou desejando de termos a nossa casinha, as nossas coisas, a nossa vida! Estou farta desta vida deprimente de viver com os pais e ter o emprego triste que tenho. Aqui ficaria bem a música de António Variações "Muda de Vida". Mas depois penso: Farei bem em deixar o meu emprego, quando o país está em crise? Farei bem em sair de casa e viver sem condições monetárias suficientes para sobreviver? Farei bem em contar a meus pais antes de ter essa independencia?
Talvez seja melhor aguardar um pouco mais...
Este emprego que me mata. Sorrir quando apenas se sente vontade de chorar, ser tolerante com as pessoas quando na realidade queremos chamar de BURRAS a elas por serem tão ignorantes. Mandar aquele colega "especial" pó ca.......... quando nos apetecer, chamar de burro ao chefe quando ele pensa que está a ser mais inteligente que eu. Epah, são coisas que me atormentam todos dias. E todos os dias a minha paciencia enche-se!!
Qual o dia que irá transbordar...??
Por vezes penso que este blog está a transformar-se num diário. Tive um diário na puberdade. E esse diário meteu-me em alguns problemas. Foi nele que escrevi pela primeira vez que me sentia atraida por mulheres. E que estava apaixonada por uma amiga. Minha mãe leu. Ficou chocada e proibio-me de falar com esta minha amiga. Fiquei tão transtornada com tudo isto que acabei por queimar o diário. Foi como um culto que o fiz. Foi como um funeral dos meus sentimentos. Ainda me recordo. Tinha cerca de 15 anos. Fui com a minha melhor amiga da altura para debaixo de uma árvore no campo, e comecei a queimar com um isqueiro folha a folha. Emocionalmente foi desgastante. Chorei imenso porque senti-me violada intimamente. Nunca vou esquecer o que senti. Uma impotência angustiante ao mesmo tempo de uma vergonha embaraçada. Queria fugir e não consegui olhar para a minha mãe nos olhos pelo menos durante um mês. Senti-me tão exposta que achei que não iria aguentar. Este ritual do queimar o meu diário foi uma coisa assim... intensa!! A minha melhor amiga era aquela que eu estava apaixonada na altura e que descrevia no diário. Ela soube. Soube de tudo, mas nunca agiu diferente comigo. Ainda hoje somos amigas. Gosto muito dela e só lhe desejo o melhor. Embora distantes, estamos sempre em contacto. Ela na sua vida, e eu na minha vida. Penso que não me apaixonei. Apenas era curiosidade e acabei por confundir amizade com amor. Quando relembro essa altura, recordo com mágoa e carinho. O ódio também se mistura aqui. Mas, de certo que foi uma crise existencial própria da idade. E sim, tive imensas crises existenciais. Tive imensas dúvidas de tudo. Entrava em depressão profunda e gostava de lá estar. Estranho? Não. Era o meu Mundo! Era onde poderia ser eu própria. O problema era que neste mundo, eu censurava-me a mim mesma. E esta censura tornava o meu mundo um local sombrio de estar.
Hoje considero-me uma pessoa ainda muito sombria. Continuo a ter este meu mundo. E este mundo continua escuro. No entanto, e talvez devido à idade, este meu mundo está discreto dentro de mim. E reaparece apenas quando estou mais vulnerável. Porque eu acredito que a fase da puberdade e da adolescencia pode enriquercer-nos ou simplesmente matar-nos. E o que eu acho que aconteceu comigo foi que ficou uma parte moribunda dentro de mim... Uma parte "zombie". A adolescencia deixou-me tantas marcas que acho que nunca vou esquecer. E estas marcas foram todas devido à minha orientação sexual. Andava à deriva. Portava-me tão mal comigo própria que na noite acabava por chorar de mim mesma. Poderão entender que tipo de sentimento é este e o que magoou?
O que é certo é que cresci. Hoje tenho 32 anos e, embora não esteja completamente realizada, sinto que sou uma mulher ponderada, tolerante e ciente de tudo o que me rodeia. Consigo ser teimosa e cruel por vezes. Comigo e com os outros. Exijo imenso de mim e por vezes dos outros também. Sei que consigo fazer melhor do que aquilo que faço e irrito-me quando tal não acontece. Zango-me comigo mesmo com muita facilidade. Atormento-me porque não agi como deveria ter agido ou falado o que deveria ter falado. Arrenpendo-me constantemente quando ajo de cabeça quente. Mas o que me irrita mesmo é voltar a repetir o mesmo erro quando sei que me vou dar mal.
Mas, sou assim. Talvez por acreditar que na próxima vai ficar bem.
E sou assim talvez por ter esperança e a ideologia de um mundo perfeito.



Ontem adormeci com uma mágoa no coração. Hoje acordei com uma disposição incrivel. Fui trabalhar, brinquei com meus colegas, ri-me, sorri. Apesar de a presença daquela minha colega ''de estimação'' que todos os dias me apetece mandá-la pó ............. ! Resolvi ignorá-la. E quando tive que dirigir-lhe palavra, foi com uma indiferença que até a mim surpreendeu!! Cada vez que falamos, por trabalho, tá claro, o ambiente entre nós parece que gela! Sério! É uma coisa impressionante. Tenho que aguentá-la. Que remédio o meu! Mas, confesso que por vezes é muito dificil de tolerar. Não entendo tamanha malvadez! Por que será que tem tanto ódio por mim? Há uma coisa que comecei a pensar... Eu não sou mais nem menos que ninguém. Mas considero-me muito mais superior diante todos aqueles que me cortam nas costas e que me tentam prejudicar. São mediocres. São mesquinhos. E eu, sem dúvida que sou mais que todos eles juntos!!